domingo, 9 de maio de 2010
Care-Sheet Pogona vitticeps
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Iguania
Família: Agamidae
Género: Pogona
Espécie: Pogona vitticeps
Nome comum: Dragão barbudo
Esperança média de vida: 7 a 12 anos.
Tamanho em adulto: Pode atingir os 60 centímetros.
Habitat natural: O dragão barbudo é originário da Austrália. Pode ser encontrado em zonas semi-desérticas, florestas secas e planícies de vegetação rasteira semelhantes a savanas (tudo zonas onde o solo é terra e não areia). Esta espécie é semi-arborícola e passa grande parte do seu tempo em árvores mortas e ramos secos, onde pode passar largas horas ao sol.
Dieta: Omnívoro e de apetite bastante voraz, como dieta base deveria ser dado grilos.
Temperamento: Esta espécie é bastante dócil e interactiva, é social e bem conhecida pela sua enorme energia e actividade. Isto, aliado ao variadíssimo número de padrões e a facilidade em mantê-los em cativeiro, tornou os dragões barbudos um dos animais de estimação de eleição para os amantes de répteis.
Terrario: Devido à sua grande actividade esta espécie precisa de algum espaço. Para dragões pequenos e a título temporário, um terrário de 45*45*30 cm (comprimento*profundidade*altura), e em adultos 90*45*45 cm (mais uma vez C*P*L) será o ideal. É de salientar que estas são as medidas indicadas para apenas um dragão. É altamente desaconselhado manter dois machos juntos, mesmo que em juvenis tolerem a presença um do outro, ao crescerem rapidamente se tornaram agressivos e as lutas serão mais que frequentes (estas lutas acabam normalmente na decepação de dedos, patas ou cauda).
Substrato: Talvez o ponto mais discutível no que concerne ao terrário de dragões barbudos.
Devido à sua natureza bastante curiosa e a sua fome insaciável, todos os substratos soltos representam grande risco de impactação.
Em bebes e juvenis os dragões papel é indiscutivelmente o substrato ideal. Em adultos apesar de, pelos hábitos e pelo tamanho o risco de obstrução por ingestão de substrato diminuir, não deixa de existir, por isso é ainda desaconselhado o uso de areia ou outro substrato solto. Neste caso o conselho vai para pedras (xisto é sempre uma boa opção, relativamente fácil de encontrar e aquece bem uma vez que é escuro), repti-carpet e, claro, papel.
Iluminação: Sendo desértico e tendo o hábito de passar largas horas ao Sol, este lagarto tem grandes necessidades de ultravioletas. Como tal, é aconselhado o uso de lâmpadas com factor de UV 10.0 ou 8.0, não menos. É importante que esta lâmpada seja instalada dentro do terrário e a luz incida directamente sobre o dragão, a existência de ecrãs ou vidros impede a transmissão dos ultravioletas. Há ainda que acrescentar que tem de haver, no mínimo dos mínimos, um local onde o dragão se consiga posicionar a menos de 30 cm da lâmpada, uma vez que a partir desta distância a dissipação de raios UV já é muito grande. Esta iluminação deve ser substituída de seis em seis meses uma vez que estas lâmpadas vão perdendo capacidade de emissão de ultravioletas.
Fotoperíodo:
. Verão: 14 horas de luz, 10 de noite;
. Inverno: 12 de dia e 12 de noite.
Aquecimento: É crucial assegurar um bom aquecimento. Uma vez que este animal tem os sensores térmicos na parte de cima do dorso e cabeça, o ideal será o aquecimento ser feito por lâmpada. Pessoalmente aconselho as lâmpadas de cerâmica devido à sua maior eficiência, ao não emitirem de luz de espectro visível (embora se diga que os répteis não conseguem ver os IV’s, esta temática é ainda alvo de alguma discussão) e, por fim, devido à sua maior durabilidade.
Principalmente nos terrários definitivos (onde há espaço para isso) é importante criar um basking spot, que consiste na zona mais quente do terrário, onde o dragão se irá deitar sobre o calor intenso de uma lâmpada (lâmpada de spot).
Quanto às temperaturas diurnas:
. Lado quente: 32ºC a 35ºC;
. Lado frio: 25ºC a 28ºC;
. Spot: 38ºC a 41ºC.
Temperatura nocturna: 21ºC a 24ºC.
Decoração do terrário: Esta questão deve ser abordada com a devida cautela, o objectivo é assegurar ao nosso animal um espaço onde ele possa recriar todas as actividades que teria no seu meio natural. Troncos, pedras e algum espaço amplo para poderem movimentar-se à vontade são elementos essenciais. Depois, os habituais esconderijos. Quanto ao bebedouro, não é preciso um grande recipiente uma vez que isto será um incentivo a frequentes banhos e os dragões não são muito higiénicos, ou seja, muitas vezes defecam na água, por isso é preciso especial atenção com os bebedouros, é importante lavar o recipiente e mudar a água assiduamente.
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